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08/10/2025
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OLÍMPIA, SP – 08/10/2025 – Em um movimento estratégico que fortalece o setor energético nacional, a Incesa Indústria de Componentes Elétricos Ltda., empresa com sede no interior de São Paulo, anuncia o início de seu projeto mais ambicioso de 2025: o desenvolvimento de um sistema híbrido para gerenciamento e armazenamento de energia em microrredes. Esta iniciativa, pioneira no país, é concebida em parceria com o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e impulsionada pelo fomento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), consolidando a Incesa como um player inovador no cenário energético nacional.
Inovação que quebra paradigmas: solucionando o gargalo das energias renováveis
O cerne deste projeto reside na busca por uma solução para um dos maiores desafios da transição energética global: a intermitência das fontes renováveis. Com o avanço da geração solar e eólica, a ausência de sistemas eficientes de armazenamento e gerenciamento de energia tem limitado a integração plena e a confiabilidade dessas fontes. O sistema híbrido da Incesa e IFTM ataca diretamente esse gargalo, conforme Murilo Cervato, Head de Inovação do Grupo Condumax Incesa e Coordenador Geral do Projeto.
Alessandro Mendes, Engenheiro responsável pela área de desenvolvimento de produtos da Incesa, detalha a importância técnica: “Do ponto de vista da engenharia, a inovação que estamos desenvolvendo é absolutamente crítica. O grande desafio das energias renováveis é a sua intermitência. Não se trata apenas de acumular
energia, mas de orquestrar seu fluxo com precisão para que a rede permaneça robusta e equilibrada. É essa tecnologia embarcada que nos permitirá modular a energia, absorvendo excessos e suprindo demandas de forma inteligente, o que, na prática, elimina os picos de energia e garante uma microrrede intrinsecamente mais segura e estável para os usuários finais. Essa capacidade de controle e resiliência é um salto fundamental para o futuro da eletrificação. Este esforço ganha ainda mais sinergia ao se alinhar às discussões e diretrizes de políticas públicas que buscam modernizar e descarbonizar a matriz energética brasileira, a exemplo da MP1300, que incentiva a pesquisa e o desenvolvimento de soluções robustas para um futuro mais sustentável e resiliente.”
A Força da colaboração: um Modelo exemplar de PD&I Nacional
Este projeto é um testemunho eloquente da “tríplice hélice” – a bemsucedida colaboração entre empresa, academia e governo. A Incesa (interior de São Paulo) e o IFTM (Triângulo Mineiro) demonstram a capacidade de conectar expertises de diferentes regiões do país para impulsionar a inovação. A Incesa, com sua visão de mercado e capacidade industrial, une-se à expertise técnica e científica do IFTM, enquanto a Finep chancela e fomenta a iniciativa, atuando como um catalisador desta parceria estratégica nacional. Este modelo não apenas acelera a inovação, mas também fortalece o ecossistema nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
“A parceria com a Incesa é a materialização da nossa missão de aplicar o conhecimento acadêmico para impactar a sociedade e a indústria”, afirma Marcelo Ponciano, reitor do IFTM. “Nossos pesquisadores trazem o rigor da modelagem, simulação e validação científica, essenciais para a robustez de um sistema tão complexo. Além disso, o projeto é um celeiro para a formação de talentos que estarão na vanguarda da energia do futuro.”
A Incesa demonstra um compromisso financeiro significativo, investindo mais de 3 milhões de Reais em recursos próprios, superando a subvenção econômica de até R$ 3.035.625,69 concedida pela Finep. Este é o primeiro projeto de PD&I da Incesa com apoio governamental, posicionando a empresa, sediada no interior de São Paulo, como uma “pioneira” capaz de competir e inovar lado a lado com corporações multinacionais e líderes de mercado.
Contexto nacional: o avanço das Microrredes no Brasil
O projeto da Incesa e IFTM insere-se em um cenário nacional dinâmico de inovação em microrredes. Diversas instituições têm liderado iniciativas similares, muitas delas também com o apoio da Finep, demonstrando a crescente importância e o potencial dessas tecnologias para o país.
• O Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Serra obteve aprovação para o projeto “Transformação Digital e Gestão Energética: Microrredes como uma rota para um futuro sustentável”, com um investimento de aproximadamente R$2,96 milhões, visando a expansão de seu laboratório multiusuário e a integração de renováveis (serra.ifes.edu.br).
• No Instituto Federal de Rondônia (IFRO), o projeto “Lagritec” integra microrredes para otimizar o uso de energia em sistemas de agricultura de precisão, destacando a versatilidade da aplicação da tecnologia (portal.ifro.edu.br)
Esses exemplos reforçam a viabilidade e o impacto positivo de projetos de microrredes no Brasil, consolidando a iniciativa da Incesa e IFTM dentro de um movimento nacional que busca um futuro energético mais sustentável e seguro.
Relevância nacional: contribuindo para a segurança e sustentabilidade energética do Brasil
O Brasil possui um vasto potencial em energias renováveis, e a capacidade de gerenciar e armazenar essa energia de forma inteligente é fundamental para consolidar o país em sua trajetória de sustentabilidade energética. Este projeto, com um cronograma de execução de 36 meses, ao oferecer uma solução concreta para a intermitência das fontes e a estabilização de microrredes, contribui diretamente para a descarbonização e segurança energética nacional.
Seu desenvolvimento, alinhado às diretrizes de políticas públicas, visa fortalecer a infraestrutura de energia e promover a autonomia energética, com potencial de replicabilidade em diversas regiões do país.
Sobre o Grupo Condumax Incesa
Com sede em Olímpia (SP), o Grupo Condumax Incesa tem forte atuação na cadeia do setor de energia no Brasil, atendendo concessionárias, empresas de geração, indústria automotiva, bens duráveis e de consumo, agronegócio e grandes construtoras. A Condumax fabrica fios e cabos para aplicações de alta exigência
técnica; a Incesa desenvolve e produz soluções de conexão e controle de energia para distribuidoras. Parte dos produtos homologados por concessionárias no Brasil e na América Latina foi desenvolvida nos laboratórios do grupo. A operação reúne mais de 1.000 colaboradores, 40.000 m² de área produtiva e transforma, anualmente, mais de 25 mil toneladas de cobre e alumínio. Atualmente, está em fase de expansão, aumentando sua planta para atender o mercado com o dobro da capacidade.
Sobre o IFTM
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) integra a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT). Trata-se de uma instituição pública que tem como finalidade oferecer formação e qualificação profissional em diversas áreas do conhecimento, abrangendo
diferentes níveis e modalidades de ensino, desde o ensino técnico integrado ao Ensino Médio até o doutorado. Além do ensino, o IFTM desenvolve atividades de pesquisa e extensão, voltadas à inovação tecnológica, à criação de novos processos, produtos e serviços e à promoção do desenvolvimento local e regional. Suas ações são
realizadas em estreita articulação com os setores produtivos e com a sociedade, contribuindo também para a oferta de mecanismos de educação continuada.